quarta-feira, 28 de abril de 2010

A VIDA CONTINUA.E AS AULAS TAMBÉM

Depois das dúvidas causadas por não entrarmos no blogue ( e que possivelmente foi por motivo de erro nosso,,aliás de NUNO , que assume a responsabilidade, o problema parece resolvido...
Assim..já cá coloquei uma foto do PRIMIRO DE MAIO do ano passado.. e amanhã na aula o professor carlos Nascimento certamente terá oportunidade de nos ensinar mais umas "coisas".
Para todos os colegas/leitores do blogue..um abraço.

sábado, 17 de abril de 2010

A SOLIDÃO

Caros colegas e amigos
O tema proposto tinha sido outro, mas por facilidade alterei-o,  para poder publicar este texto para o qual solicito os v/comentários.
Como sabemos é um tema que é transversal a toda as idades.

.....................................................

FICÇÃO:
   Era um casal como muitos outros. Tiveram filhos, foram envelhecendo. Os filhos casaram, e agora tinham todo o tempo para eles. Até ali, os afazeres eram muitos, e quantas vezes se queixavam que muitas coisas ficavam por fazer por falta de tempo.
   Fernando, era um homem simples, e aceitava o passar dos anos com resignação. Os sonhos estavam cumpridos, filhos casados e agora finalmente tempo para ele.

   Teresa, era diferente. Casara com Fernando, mas não tinha paixão por ele. Os anos iam passando, e isso afligia-a. Agora o tempo sobrava-lhe, e isso desassossegava-a. Na sua cabeça continuavam como sempre a bailar sonhos por cumprir. Cada vez mais lhe custava aceitar envelhecer ao lado de Fernando. Não era que não tivesse amizade e companheirismo por ele, mas perdera a capacidade de um gesto de ternura, de uma manifestação de amor. Sentia-se moribunda, sem alegria. Os dias à medida que passavam doíam-lhe, sentia faltar-lhe o tempo, e morria sem esperança. Muitas vezes equacionara uma mudança, mudar de rumo, mas a simplicidade, quase inocência de Fernando tolhia-lhe os movimentos. Passavam os dias, levando com eles todas as esperanças de felicidade. Sentia perder a alma.

   Um dia disse ao marido.
- Fernando? Se eu morresse, como viverias esse acontecimento?
Nunca Fernando pensara no assunto. Ele estava bem, era melhor não pensar, e voltou-se para a mulher.
- Até podemos morrer no mesmo dia.
Teresa estava disposta a levar mais longe a conversa.
- E se nos separassemos, isto é. Um de nós não quisesse continuar a viver com o outro?
Fernando não atribuiu significado aquelas palavras, ia-se a afastar, mas Teresa insistiu.

- E se fosse eu a afastar-me?
   Fernando, ficou ali sem pensar, aquelas palavras eram-lhe estranhas, não cabiam no seu vocabulário. Olhou para a mulher com olhar inexpressivo.
- Não entendo muito bem o que estás a dizer!

A mulher, fez uma pequena pausa e continuou.
- Desculpa Fernando. Eu não sou feliz contigo. Estou a pensar mudar a minha vida.

   Fernando ficou só. Atordoado. A casa, tornara-se demasiado grande, as paredes e o tecto pesavam-lhe, sentia-se comprimido, como se carregasse um enorme fardo. Não conseguia permanecer naquele silêncio. Tinha que sair, para se perder nas ruas as vezes semi-desertas. Só voltava a entrar em casa quando as pernas não aguentavam mais, para se meter na cama e forçar o sono que não vinha.
   Num destes passeios sem sentido, os olhos detiveram-se naquele letreiro que conhecia, mas que nunca lera. Dizia; “CENTRO DE DIA”. Havia lá pessoas. Aproximou-se da porta, e de leve tocou a campainha. Não demorou muito, que uma senhora a rondar os quarenta anos viesse abrir a porta, convidando-o de imediato a entrar. Conduziu-o para uma pequena sala com sofás, e sentaram-se.
- Diga o que quiser, aqui estamos sós, e o que disser fica aqui connosco.
   Fernando queria falar, mas não conseguia. Sentia a cabeça enorme, as ideias estavam tão emaranhadas, que teve que tossir ligeiramente para poder articular as primeiras palavras.

- Eu… eu…, estou só, e perdido.
- Quem nunca esteve só, pelos menos uma vez? Disse Margarida, depois de se ter apresentado.
   Estas palavras sossegaram um pouco Fernando. Tinham sido palavras pronunciadas com ternura e compreensão.
   Estou melhor, preparou-se Fernando para sair.
Margarida acompanhou Fernando até a porta, tocou-lhe no braço e disse-lhe carinhosamente.

- Volte amanhã.

Já fora da porta Fernando disse com convicção.

- Até amanhã Margarida.



Teresa era também uma mulher feliz.

Válter Deusdado

quinta-feira, 15 de abril de 2010

SAUDAÇÃO

O NOSSO PROFESSOR ESTÁ NESTE MOMENTO A ENSINAR-NOS
O QUE VAMOS APRENDER HOJE.
CUIDADO, SE APRENDERMOS DEMAIS, ESCREVEMOS MALANDRICES.

segunda-feira, 5 de abril de 2010