quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Conto de Natal



FICÇÃO

Conto de Natal Havia poucos meses que Anselmo estava na rua. Ele nunca tivera emprego cierto, mas siempre iba ancuontrando algo para fazer. Ne l redadeiro anho, ye que las cousas se habien strampalhdo de todo. Nun bundaba star sin trabalho, i a seguir tener ficado malo. Cada die que passaba mais se senti un storbo pa la tie, que sola, tenie que dar de quemer als dous ninos, que inda porriba ya andaban na scuola. Anton un die dixo-le el; Marie! diç ls nuosssos filhos que bou a eimigrar i que gosto muito deilhes, i un die bou a buoltar. O! Home mas aonde bás tu? Nun puodo ser un fardo para ti, bou-me embora. La tie, yá sabie que nun bali la pena anssistir cun el, ua beç tomada la decison. Anselmo, çpuis de andar pula cidade toda, acabou por drumir na staçon de de ls camboios de santa apolónia, porque puli habi siempre giente, i nun se santi tan solo. Eili coinciu Jaoquim, bien mais bielho i cun uas barbas grandes. Ficou-se puli, i iba cumbersando cun quin quejisse, que eran poucos ls que staban çpustos a isso. Acababa siempre por ser Joquin a dar-le mais atençon. Agora que ls dies se tornabam mais pequeinhos i las nuites fries, quedaba muito tiempo para cumbersar. Nesse tarde de muita auga, Anselmo mal saliu deili. Senti-se assi triste, i las lhágrimas assobam-le ls uolhos. Quim arreparou nel fui Joquin, habituado a coincer muitos cumo Anselmo. Bá home l que tenes hoije? Anselmo nun querie responder. Custaba-le a dezir las palabras. Fiç un sfuorço i alhá saliu. I por bias de l Natal que ben yá ende, i you nun tengo couraije de buolber para casa. Joquin oubiu, i birou ls uolhos para baixo cumo se aqeilhas palabras fussan pidras atiradas acontra el. Zbiou-se un pouco i ficou-se eili an silêncio. Mas nun sfregante dixo para l amigo. I se nós fazissemos un presépio eiqui. Bamos a fazer. Juntoran cartones i papel de todas las cores i botaran mano a l´obra. L ampercipio alguns que puli tamien andaban quejiran botar abaixo l presépio, mas a la medida que medraba todos ampeçararan a gustar del, i yá naide passaba sin l fin de l die, ir a ber l que habie mudado de un die paloutro. Als poucos ampeçou to la gente a falar ne l presépio de Sta. Apolónia i nin ls passageiros de ls camboios deixaban de admirar aqueilha obra. Eilha alhá stá, para quin la quejir ber. Hai quin diga que ls autores yá nin andam puli, furan a trabalhar para ua pessona que gustou tanto daquel trabalho que ls cumbidou para ambentaren outras cousas. L natal tem tamien cousas destas. Valter Deusdado

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O OUTRO LADO DA HISTÓRIA

RTP...o outro lado da historia


O que deverias saber sobre a RTP, mas a Ongoing não te vai contar.



1º Sabia que todos os países da Europa comunitária e inclusive os
Estados Unidos tem serviços públicos de televisão, e que o modelo
misto de mercado que existe em Portugal é a regra e não a exceção?

2º - Sabia que o serviço público de televisão prestado pela RTP é não
só um dos mais baratos da Europa, é também um dos mais baratos do
mundo? Custa cerca de 15 centimos por dia, não por pessoa, mas por
contador de luz.

3º Sabia que por esses 15 centimos são emitidos diariamente 11 canais
de televisão com programação diferenciada (RTP1, RTP2, RTPN, RTP
Memória, RTP África, RTP Internacional Asia, América,Europa,
RTPMobile, RTP Madeira, RTP Açores) 7 antenas de rádio (Antena 1,
Antena 2, Antena 3, RDP África e RDP Internacional, Antena1 Madeira,
Antena1 Açores), Rádio, Televisão e Noticias na plataforma Multimédia,
(NET), com uma audiência potencial de cerca de 200 milhões de pessoas?

4º Sabia que a RTP possui o maior e melhor arquivo audiovisual do país
e um dos melhores do seu género em todo o mundo?

5º Sabia que os trabalhadores da RTP são dos mais produtivos do sector
televisivo europeu, recebendo menos salário liquido do que os seus
congéneres no privado e que auferindo em média 50% do que os seus
colegas europeus?

6º - Sabia que os trabalhadores da RTP não têm aumentos salariais
reais desde 2003, sendo os trabalhadores do sector estado os que mais
percentual de poder de compra perderam numa década?

7º Sabia que a publicidade da RTP não entra para os seus cofres mas
está sim indexada ao pagamento de um empréstimo bancário a um
sindicato bancário alemão e holandês, que assumiram o passivo?

8 – Sabia que essa dívida ronda os 600 milhões de euros a um spread
baixíssimo, e que este sindicato deseja renegociar o empréstimo há
anos?

9 – Sabia que no caso da RTP ficar sem publicidade o accionista Estado
teria que assumir o pagamento da dívida, mais juros por inteiro e de
imediato?

10 – Sabe quem pagará a dádiva de um canal à Ongoing pelo governo de
Passos Coelho? Você!.. e vai custar-lhe 600 milhões de euros."





Responder EncaminharHelena não está disponível para bater papo

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Crónica das Ferias

Crónica das Férias


FICÇÃO:

   Era sempre motivo de grande alvoroço a chegada das ferias. Deitava-se para trás das costas os livros escolares, os afazeres diários programados. Na noite que antecedia a partida, era um nunca mais acabar de juntar coisas, que iriam fazer falta na praia.
   A viagem começava cedo, para poder chegar ainda com muito sol ao Algarve. A estrada até Grândola, era penosa, por causa dos muitos camiões. Depois melhorava um pouco e era tempo de parar para almoçar. Agora que o calor aperta, o carro, já com alguma idade pede algum descanso.
   Quando deixamos para trás a serra do caldeirão, começamos a agitar-nos, e são necessárias palavras mais ríspidas par voltarmos a estar sossegados. Instalamo-nos ainda o sol estava quente, e corremos logo ao pátio da pensão ali ao lado para ir cumprimentar a amiga Maria do Rosário.
   Era uma rapariga da nossa idade, que crescera sempre ali, a mãe solteira, cozinheira e criada da pensão, nunca conheceu outro emprego. Todos os anos era assim, e assim fomos crescendo. Depois aos dezasseis anos, o meu irmão André, pediu-lhe namoro, mas ela não só não aceitou, como passou a olhar para nós com desconfiança. De nada serviu a insistência para namorar nos anos seguintes. À medida que os anos iam passando, Maria do Rosário, ia tomando o lugar da mãe, e fazendo o atendimento ao balcão.
   Passaram mais de dez anos. Todos casamos, regressava-mos sempre no Verão, e Maria do Rosário, mantinha-se no seu posto. Continuava solteira e cada vez falava menos. Cumprimentava-nos e depressa passava as suas tarefas. Ano após ano, aumentava o distanciamento e isso intrigava-me. Tenho que arranjar forma de voltar a conversar com Maria do Rosário com outrora. Numa tarde que parecia calma de clientes, ali junto ao balcão, atiro a Maria do Rosário aquela pergunta de pequena provocação.
   - Que saudades Maria do Rosário, de quando éramos garotos, e das brincadeiras desse tempo. Fiquei a aguardar a resposta. Maria do Rosário parecia que não iria responder. Ia acrescentar qualquer coisa quando ela levantou a mão e fez menção que ia falar.
   - Só tenho saudades do tempo da meninice, enquanto fui criança. Depois nunca mais tive alegria, simulava-a.
   - Agora me lembro que muitas vezes nos evitavas. Porquê Maria do Rosário?
   - Fui maltratada, negaram-me a felicidade, porque, sem ainda saber o que isso era fui violada, castraram-me. Esse homem, o patrão da pensão já morreu, mas eu já tinha morrido há muito tempo.
   Saí dali a gostar ainda mais de Maria do Rosário. Nunca disse nada a ninguém nem aos meus irmãos, não que ela mo pedisse, mas porque faria tudo para ela ser feliz, por um instante que fosse.

Válter Deusdado

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Compulsão por compras é doença e tem tratamento  

O desejo de gastar pode ser tornar incontrolável e afetar as finanças, por isso é preciso procurar ajuda

Nunca foi tão fácil comprar. Os bancos distribuem cheques e cartões com facilidade, as lojas oferecem promoções incríveis e facilidades de pagamento com parcelas a perder de vista. Também nunca houve tanta oferta de produtos na internet, na televisão, tantos lançamentos disponíveis ao consumidor.
Tanta facilidade para comprar serve como um incentivo ao consumo e pode ser uma verdadeira armadilha para os compradores compulsivos, na maioria dos casos, mulheres. São pessoas que sentem uma vontade incontrolável de comprar alguma coisa simplesmente pela vontade de adquirir, não de possuir. Outra característica do comprador compulsivo é comprar sempre um determinado tipo de objeto, como sapatos, por exemplo.
O ato de comprar dá prazer, por isso pode viciar tanto quanto o álcool ou as drogas. A pessoa tem vontade de adquirir produtos que talvez nunca vá usar, mas compra para aliviar a ansiedade e muitas vezes, basta sair da loja para sentir arrependimento e a sensação de culpa.
O comprador compulsivo também pode deixar de pagar contas e outras pendências por conta dos gastos fora do orçamento. No momento do impulso, perde-se a noção de certo e errado e, consequentemente, o controle das finanças.
O problema tem tratamento, mas é fundamental que a pessoa reconheça que está doente. O mais comum é procurar por ajuda somente quando as dívidas se acumulam e se tornam maiores que a capacidade de pagá-las.
O tratamento para a compulsão por compras pode ser feito com acompanhamento psicológico e, dependendo do caso, incluir medicamentos antidepressivos, ou a combinação das duas coisas.
Além do acompanhamento de um especialista, é importante que a pessoa receba apoio das pessoas próximas. Uma das alternativas pode ser que alguém da família ou algum amigo próximo assuma as finanças do paciente, controlando todos os gastos. Participar de grupos de auto ajuda de pessoas que têm o mesmo problema também pode ajudar.        


Enfrentando a compulsão alimentar
Quem já não teve uma vontade inexplicável de comer algo apenas por gula, que atire a primeira pedra. Usada para diminuir nossa ansiedade, cuidar da nossa TPM, da briga do namorado ou da pressão no trabalho, a comida é uma solução rápida e nada saudável para lidar com os problemas.
Antes de qualquer coisa, precisamos entender o que é compulsão e como ela funciona. Normalmente ela aparece quando alguma coisa está errada (dificuldade de relacionamento com os pais, perdas, separações, etc) e um enorme vazio se instala dentro de nós. Como essa sensação de vazio é muito ruim, nosso inconsciente acaba encontrando uma forma de aliviar nossa dor, seja através da comida, bebida, sexo, compras, drogas e etc.
O problema é que o vazio persiste e exige cada vez mais, isto é, a pessoa acaba se tornando compulsiva numa tentativa de “cobrir” esse “buraco emocional”. Infelizmente como é uma questão emocional a única solução é descobrir a causa e enfrentá-la o que muitas vezes pode ser bem difícil e doloroso, o que torna comer uma caixa de bombons no café da manhã uma tarefa mais agradável.
Então, o que fazer para combater a compulsão alimentar?
Normalmente o compulsivo é um pouco ansioso e deseja soluções rápidas, afinal existe aquele “doloroso vazio”, o que faz com que ele procure dietas milagrosas, remédios e até a cirurgia de redução de estômago.
Não sou nutricionista e nem pretendo me “intrometer” em outra área, mas todos nos sabemos que milagres não existem. Até mesmo a cirurgia de redução de estômago sem acompanhamento nutricional e psicológico pode ser um desastre. Atendi há alguns anos uma mulher obesa que após a cirurgia não havia conseguido perder o peso desejado, pois como sua fome era incontrolável ela comia por dia duas dúzias de bananas amassadas com leite condensado. O creme pastoso que se formava facilitava a ingestão, já que o estômago estava reduzido e havia maior dificuldade de se alimentar.
As histórias não inúmeras. Portanto, não adianta tentar soluções rápidas para a obesidade sem umtratamento para compulsão alimentar, pois enquanto existir o vazio haverá a compulsão. Um bom exemplo são pessoas que param de fumar e engordam, quer dizer, trocam a compulsão do cigarro pela comida. Seja qual for a compulsão (comida, álcool, jogos, etc) ele merece atenção e tratamento.
Por mais difícil que seja seu problema e por mais doloroso que seja enfrentar a compulsão alimentar, nada é mais gratificante do que cuidar e sarar as feridas do passado e assim poder seguir em frente, sem vazio, sem tristeza e sem culpa.
Pense nisso, a escolha de ser feliz está em suas mãos.

 Por Andreia Mattiuci

Psicóloga clínica especializada em psicoteria, terapia de casal e gravidez
Site: http://www.andreiamattiuci.net



Principais causas do ganho de peso nas mulheres

Alguns dos fatores que fazem o ponteiro da balança subir podem passar despercebidos, fique de olho

O ganho de peso é um dos problemas que assusta, e muito, as mulheres. Muitas das causas que fazem o ponteiro da balança subir são fáceis de ser notadas, como os problemas no funcionamento do metabolismo, disfunções hormonais, falta de exercícios, abusar dos doces, petiscar o dia inteiro, assaltar a geladeira durante a noite ou se entregar às escolhas mais pecaminosas na hora de montar o prato são alguns deles.
Porém, alguns dos fatores que tornam a perda de peso mais difícil podem passar despercebidos. Os sabotadores de dieta parecem estar em toda parte, em problemas de saúde e até no estilo de vida.
Certas doenças como hipertireoidismo, síndrome dos ovários policísticos e síndrome de Cushing podem ser responsáveis pelo ganho de peso nas mulheres. Por isso, é importante fazer visitas regulares ao médico para descobrir se algum destes problemas explica por que você está engordando demais. Caso a avaliação médica indique tais doenças, é importante manter os exames e o tratamento em dia.
A depressão é outro problema de saúde que pode fazer com que as mulheres engordem. Enquanto para algumas pessoas vivenciar situações desafiadoras significa falta de apetite, para outras pode ocorrer o oposto. O impacto emocional da depressão pode gerar um descuido com os hábitos alimentares e como consequência, o ganho de peso. O tratamento com antidepressivos pode tornar as coisas um pouco pior, já que alguns desses medicamentos alteram a taxa metabólica e levam ao consumo maior de alimentos.
Estudar ou trabalhar até tarde, esticar a balada até o dia seguinte e ir direto para o trabalho são hábitos que parecem não influenciar diretamente no seu peso, mas a falta de descanso pode sim causar estragos na dieta. Dormir pouco ou dormir mal são fatores causadores de alterações nos níveis de hormônio no corpo e que tornam maior a probabilidade de o organismo armazenar gordura.
Compor o cardápio das refeições apenas com alimentos que apresentam baixo teor de gordura não é a melhor alternativa para quem quer controlar ou perder peso. O ideal é não se restringir às gorduras saudáveis já que a deficiência de ácidos graxos também podem sabotar a perda de peso e dar preferência aos alimentos ricos em fibras, que oferecem sensação de saciedade, sem muitas calorias.
A temporada de férias, feriados prolongados e as festas de final de ano também são grandes sabotadores do peso. Isso porque a atitude de relaxar também se reflete nos hábitos alimentares e é normal baixar a guarda em situações como estas. A única maneira de não ver todo o esforço do ano todo indo embora, é ficar atenta na quantidade de comida que você coloca no prato, se policiar quanto aos excessos e não ficar parada. Mesmo no período de relaxamento, encarar uma caminhada leve só vai trazer benefícios para o seu corpo e para sua saúde.

domingo, 26 de junho de 2011

Marchas de Almada Junho 2011 (11-ultima da série)

Marchas de Almada Junho 2011(7)

Marchas de Almada Junho 2011 (9)

Marchas de Almada Junho 2011 (2)

Marchas de Almada Junho 2011 (1)

Marchas de Almada 2011 (5)

Marchas de Almada unho 2011(4)

Marchas de Almada Junho 2011 ( 10)

Marchas de Almada Junho 2011 (6)

sábado, 25 de junho de 2011

 Culinária
 Receitas tradicionais Alentejanas
Coentros = Muito usado na culinária  Alentejana

 CONSELHOS PARA TORNAR AS RECEITAS MAIS SAUDÁVEIS

Quando a receita não contém produtos hortícolas pode acompanhar com salada ou legumes cozidos; Evite os refogados e os guisados, opte por colocar todos os
alimentos em cru ao mesmo tempo;
Prefira as receitas em que os alimentos são cozidos, grelhados ou estufados; Utilize ervas aromáticas e diminua a quantidade de sal utilizada; Retire as gorduras visíveis à carne e a pele das aves e do peixe.
Opte sempre por consumir carnes magras;
 Diminua as quantidades de gordura que adiciona aos alimentos
quando tempera e quando cozinha; Em vez de utilizar a gordura
 de confecção das carnes, deve usar o azeite; Prepare marinadas
 (vinho branco, ervas aromáticas, etc.) para que os alimentos
 fiquem mais saborosos; Para a confecção de sopas e outros
 cozinhados evite o uso de caldos con-centrados.
.
               GASPACHO À ALENTEJANA

 Ingredientes
3 dentes de alhos
½ colher de sopa de sal
2 colheres de sopa de azeite
4 colheres de sopa de vinagre
½ pepino
2 tomates bem maduros
1 pimento verde
1,5 L de água fria
200 g de pão duro
Orégão q.b.

Modo de preparação:

 Esmagam-se muito bem os dentes de alho num almofariz
juntamente com o sal até se obter uma papa, que se coloca
 no fundo  de uma terrina.
 Rega-se com o azeite, o vinagre e junta-se os orégãos.
 Pela-se o tomate e reduz-se a puré, que se adiciona ao
 preparado anterior. Em seguida corta-se em quadradinhos
 pequeninos, o pepino e o outro tomate, e o pimento em
 tiras fininhas. Introduzem-se na terrina, juntando-se
de seguida a água fria.Na altura de servir, junta-se o
 pão cortado em cubos pequenose serve-se bem fresco.
 SUGESTÕES Pode-se acompanhar com peixe grelhado, em
 vez de peixe frito.

                    AÇORDA ALENTEJANA

 Ingredientes

1 molho de coentros (ou um molho pequeno de poejos ou uma
 mistura das duas ervas)
2 a 4 dentes de alho
1 colher de sopa de sal grosso
4 colheres de sopa de azeite
1,5 L de água a ferver
400 g de pão caseiro (duro)
4 ovos

Modo de preparação:

Pisam-se num almofariz, reduzindo-os a papa, os coentros
 (ou os poejos) com os dentes de alho, e o sal grosso.
Deita-se esta papa na terrina ou numa tigela. Rega-se com
 azeite e escalda-se com água a ferver, onde previamente se
 escalfaram os ovos (de onde se retiraram). Coloca-se este
 caldo sobre o pão cortado em fatias ou em cubos. Os ovos
 são colocados no prato ou sobre as sopas na terrina

SUGESTÕES Deve colocar-se apenas uma pequena quantidade de
 sal e um bom molho de coentros.

 SOPAS DE TOMATE COM BACALHAU, ESPINAFRES E QUEIJO FRESCO

Ingredientes

4 Postas de bacalhau 1 queijo fresco de cabra 4 ovos 1 molho
 de espinafres 1 cebola grande 4 dentes de alho 2 tomates
 maduros Pimento verde q.b. Azeite q.b. Sal q.b. Pão de véspera q.b.

Modo de preparação:
Numa panela pique o alho e a cebola e junte o azeite e o sal.
Junte o tomate sem pele aos cubos e os pimentos cortados em
tiras e deixe apurar um pouco. Adicione a água e os espinafres;
 quando levantar fervura junte o bacalhau deixando cozer. Quando
 o bacalhau estiver quase cozido junte o queijo partido em quatro
e os ovos para ficarem escalfados. Rectifique os temperos.
Sirva com o pão cortado em fatias pequenas e finas.

 SUGESTÕES

Pode-se substituir os espinafres por beldroegas; O pão também
pode ser servido torrado;
Pode-se colocar apenas o ovo ou bacalhau

 SOPA DE CAÇÃO

Ingredientes

2 kg de cação (12 postas)
6 dentes de alho
1 folha de louro
2 dl de azeite
2 colheres de sopa de farinha
1 colher de pimentão colorau
2 colheres de sopa de vinagre
1 molho de coentros
Sal e pimenta
Água a ferver

Modo de preparação:

Pica-se o alho muito miudinho e frita-se rapidamente no azeite
 com o louro e um molhinho de coentros.
Junta-se o peixe previamente arranjado e temperado com sal grosso,
 e deixa-se dourar de ambos os lados em lume forte.
Numa tigela, mistura-se o colorau com o vinagre, a farinha, a pimenta
 e um copinho de água. Rega-se o cação com esta mistura e volta a lume
 brando, sacudindo levemente o tacho, para cozer a farinha.
Acrescenta-se água a ferver (cerca de 1 litro) e coentros picados.
Deixa-se ferver tudo durante 3 minutos e serve-se imediatamente sobre
 fatias finas de pão duro.

  SUGESTÕES
 Utilizar menos quantidade de azeite (apenas “um fio” de azeite) e recorrer
 a um tacho anti-aderente; Evitar fritar o alho, colocando-o juntamente com o
 cação e adicionando uma pequena porção de água.

 ENSOPADO DE BORREGO

Ingredientes
1 borreguinho com 7 ou 8 kg a que se tiram as pernas e as costeletas para outros pratos
3 dentes de alho
1 folha de louro
1 dl de azeite
2 colheres de banha de porco
1 copo de vinho branco
Sal e pimentas em grão
Pão duro
 Modo de preparação:
Corta-se o borrego em bocados.
Frita-se o alho picadinho com o louro nas gorduras.
Junta-se a carne, tempera-se de sal e pimenta e frita-se até dourar a carne.
Acrescenta-se o vinho branco, tapa-se e deixa-se cozinhar em lume brando. Quando começar a
ficar seco vão-se juntando pinguinhas de água quente, tendo o cuidado de ir mexendo para não pegar.
À hora de ir para a mesa acrescenta-se a água a ferver necessária para molhar as sopas (o pão).
Serve-se numa travessa funda sobre uma camadinha de fatias de pão duro muito finas.

SUGESTÕES  Deve-se reduzir o azeite e a banha à quantidade mínima necessária para a elaboração deste prato; Deve-se evitar fritar o alho, colocando-o juntamente com a carne e adicionando uma pequena porção de água.

 Cozido de grão com abóbora

Ingredientes
Carne de borrego
Carne de vaca
Chispe salgado ou fresco
Ossos de porco
Chouriço
Morcela
Farinheira
Toucinho
Grão
Abóbora
Feijão verde
Batatas inteiras
Cenoura
Pão
Modo de preparação:
As carnes salgadas e o grão deverão ser postos de molho na véspera. Cozem-se as car-nes todas juntas, excepto os enchidos.
Quando as carnes estiverem quase cozidas juntam-se as hortaliças e os enchidos. O grão será também cozido à parte, aproveitando-se a água da cozedura ao misturar com as car-nes.
Verte-se o caldo obtido numa terrina sobre pão cortado em cubos.
As carnes e as hortaliças servem-se à parte.
SUGESTÕES Retirar todas as peles e gorduras visíveis da carne; Pode-se optar apenas por um tipo de carne (ex. carne de borrego); Pode-se optar apenas por um tipo de enchido e deve-se consumir em pequena quantidade; Pode-se optar apenas por um componente farináceo: pão ou batata.


MIGAS COM CARNE (BEJA)

Ingredientes
400 g de pão
400 g de lombinhos de porco
Vinho q.b.
Azeite q.b.
2 Dentes de Alho
Sal q.b.
Laranja para decoração
Modo de preparação:
Corta-se o pão às fatias e deixa-se embeber num pouco de água, amassando com a mão. Entretanto coloca-se um tacho ao lume com um pouco de azeite e os dois dentes de alho muito bem picadinhos sal e um pouco de vinho, quando estes estiverem louros junta-se o pão. Com a ajuda de uma colher de pau, bate-se até formar uma bola. Quando estas descolarem das paredes e derem voltas, estão prontas. Leva-se as migas moldadas ao forno até tostar. Grelha-se os lombinhos de porco temperados com sal e ervas aromáticas (orégãos, mistura de pimentas, etc.).

SUGESTÕES Para além da carne de porco também se pode utilizar a carne de caça (perdiz); Esta receita de migas pode ser alterada adicionando ingredientes como espargos, espigos, espinafres.

Migas de Espargos com Lombinhos de Porco Preto Grelhados (Évora)
Ingredientes
600 g de lombinhos de porco preto
400 g de pão alentejano duro
Azeite
1 ovo inteiro
2 dentes de alho
Louro
Sal
Modo de preparação:
Fritam-se dois dentes de alho e uma folha de louro em azeite. Entretanto dá-se fervura aos espargos (depois de cortados aos pedacinhos), junta-se o pão (anteriormente demo-lhado) e o ovo inteiro. Enrola-se as migas e serve-se com a carne e rodelas de laranja. Serve-se as migas de espargos com lombinhos de porco preto grelhados no carvão.
SUGESTÕES
Pode-se acompanhar com uma salada.

 Migas com carne de porco

Ingredientes
1 kg de carne de porco: lombo, costelas e toucinho entremeado
3 dentes de alho
3 colheres de massa de pimentão
3 colheres de banha
1 pão duro
Sal
Modo de preparação:
Tempera-se a carne de porco de véspera, envolvendo-a em massa de pimentão. Fritam-se na banha os dentes de alho e depois a carne até estar estaladiça. Põe-se a carne de lado e, no mesmo tacho, aproveitando a gordura, deita-se o pão às fatias e cobre-se com água a ferver.
Deixa-se aboberar durante alguns minutos.
Volta ao lume, mexendo bem com uma colher para homogeneizar a mistura.
Quando se soltam das paredes, as migas estão prontas.
Junta-se um bocadinho de gordura para fritarem e ficarem bem tostadinhas.
Servem-se imediatamente, com a carne frita à volta.
SUGESTÕES Utilizar 1 colher de banha e azeite q.b. para fritar a carne; Em vez de aproveitar a mesma gordura (para fazer as migas de pão) reaproveitar apenas 2 colheres de sopa da mesma gordura e colocar um pouco de azeite para temperar o restante (colocar apenas gordura q.b.).

COELHO NO FORNO

Ingredientes
1 Coelho
1L Vinho
Azeite q.b.
2 Cebolas
2 Cenouras
4 Dentes de alho
1 Raminho de alecrim
1 Raminho de salsa
1 Raminho de tomilho
4 Folhas de louro
Sal q.b.
Pimentas em grão para moer na altura
Modo de preparação:
Corta-se o coelho em pedaços pequenos.
Corta-se os dentes de alho em lâminas finas e pica-se todas as ervas (menos as folhas de louro) e a cebola. Corta-se a cenoura pelada em cubos pequenos. Mistura-se todos os ingredientes com o vinho. Cobre-se o fundo de um recipiente com um pouco de molho e dispõe-se por cima as peças de carne limpas. Despeja-se por cima o molho da marinada, cobre-se com filme aderente e reserva-se em lugar fresco durante pelo menos 24 horas antes de cozinhar.
Na hora de cozinhar, leva-se a preparação ao lume até cozer a carne. Para alourar leva-se ao forno até ficar a gosto.
SUGESTÕES Pode-se servir acompanhado de arroz branco e legumes estufados.

ASSADO DE PEIXE

Ingredientes
1 kg de peixe de rio (achigã ou barbos)
1 Molho de poejos
Sal q.b.
1 Malagueta
2 Dentes de alho
2 dl de azeite
Modo de preparação:
Prepara-se o peixe e abre-se ao longo da espinha. Seguidamente grelha-se e reserva-se numa travessa. Enquanto o peixe grelha, prepara-se o tempero. Num almofariz, pisam-se as folhas de poejo, os dentes de alho, a malagueta e o sal e junta-se o azeite. Aquece-se levemente esta mistura ao lume. Rega-se o peixe com esta mistura e serve-se com batata e legumes estufados ou salteados (couve, cenoura, etc.).
SUGESTÕES Deve-se acompanhar com uma salada ou legumes cozidos; Pode-se alterar o tipo de peixe.

ARROZ DOCE

Ingredientes
75 g de arroz
1,5 L de leite
100 g de açúcar
1 Casca de limão
Canela em pó
Modo de preparação:
Ferve-se o leite com a casca de limão. Entretanto, leva-se um tacho ao lume com 1 dl de água e quando ferver junta-se o arroz bem lavado e escorrido. Depois de o arroz cozer entre 3 a 4 minutos, conforme o tamanho do grão, vai-se adicionando, pouco a pouco e mexendo, o leite quente. Esta operação leva cerca de uma hora. Junta-se o açúcar e dei-xa-se ferver um pouco mais. Deita-se em travessas e polvilha-se com canela.
SUGESTÕES Pode-se substituir o açúcar pelo adoçante.

FARÓFIAS

Ingredientes
5 dl de leite
5 claras
3 gemas
3 colheres de sopa rasas de farinha
3 colheres de açúcar
3 ou 4 tiras grandes de casca de limão
Canela para polvilhar
Modo de preparação:
Bate-se as claras em castelo.
Leva-se ao lume o leite com as tiras de casca de limão.
Quando ferver, deixa-se em lume brando e deita-se uma colher de sopa das claras em castelo. Deixa-se cozer virando de um lado para o outro durante um minuto.
Retira-se com uma escumadeira e reserva-se num travessa. Procede-se do mesmo modo, até terminarem as claras.
À parte, faz-se o creme de leite: passa-se o leite em que se cozeu as claras por um passa-dor, deixa-se arrefecer e junta-se a farinha desfeita num pouco de leite frio.
Leva-se a lume brando, mexendo sempre até engrossar.
Retira-se do lume e junta-se as gemas batidas. Leva-se novamente ao lume, mexendo sempre, apenas até levantar fervura.
Deixa-se arrefecer um pouco e mistura-se o açúcar.
Deita-se este creme sobre as farófias e polvilha-se com a canela.
Depois de arrefecer, leva-se ao frigorífico e serve-se fresco.

SUGESTÕES Pode-se optar por utilizar leite magro; Em vez do açúcar pode utiliza-se adoçante.

BIBLIOGRAFIA
ALVES, Aníbal Falcato – Cozinha dos Ganhões  Restaurante
ASSOCIAÇÃO PROTECTORA DOS DIABÉTICOS DE PORTUGAL –, Lisboa
CÂMARA MUNICIPAL DE ÉVORA – Rota de Sabores Tradicionais – Câmara Municipal de Évora,
CÂMARA MUNICIPAL DE PORTALEGRE 

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Dicas caseiras

Problema com formigas
Coloque casca de pepino junto à saída das formigas

Para ter gelo puro e límpido:
Ferva a água antes de congelar

Para pôr os espelhos a brilhar:
Limpe com álcool

Para tirar pastilha elástica da roupa:
Ponha a roupa no congelador durante 1 hora.

Para branquear roupa branca:
Ponha a roupa em água quente com uma rodela de limão durante 10m

Para dar brilho ao seu cabelo:
Adicione uma colher de chá de vinagre á água de lavar
Para obter o máximo de sumo de limão:

Para reduzir o cheiro a couves quando estiver a cozê-las:
Ponha uma fatia de pão dentro da panela.

Para se ver livre do cheiro a peixe das mãos:
Lave as mãos com um bocadinho de vinagre de cidra.

Para evitar chorar enquanto corta cebola:
Mastigue pastilha elástica.

Cozer batatas mais rapidamente:
Descasque meia batata.

Para cozer ovos mais rapidamente:
Coza os ovos em água com sal.

Para verificar a frescura do peixe:
Ponha o peixe inteiro num recipiente com àgua fria, se ele flutuar, está fresco.


Para verificar a frescura dos ovos:
Ponha o ovo em água fria, se ficar na horizontal está fresco. Se ficar na diagonal tem 3 ou 4 dias. Se ficar na vertical tem 10 dias. Se flutuar está estragado.

Para tirar tinta das roupas:
Ponha uma camada (generosa) de pasta de dentes, deixe secar completamente e depois lave.

Para descascar rapidamente as batatas:
passe por água fria a seguir a cozer.

Para se ver livre de ratos e ratinhos:
Ponha pimenta preta no sítios onde os vê passar. Eles fugirão.

Para acabar com os mosquitos no seu quarto à noite:
Espalhe folhas de hortelã pelo quarto especialmente ao pé da cama e da almofada.

Ponha o limão, durante 1 hora, em água quente antes de o espremer

segunda-feira, 13 de junho de 2011

   História do Dia das Mães

A mais antiga comemoração dos dias das mães é mitológica.
 Na Grécia antiga, a entrada da primavera era festejada em
 honra de Rhea, a Mãe dos Deuses.
O próximo registo está no início do século XVII, quando a
 Inglaterra começou a dedicar o quarto domingo da Quaresma
às mães das operárias inglesas. Nesse dia, as trabalhadoras
tinham folga para ficar em casa com as mães. Era chamado de
 "Mothering Day", fato que deu origem ao "mothering cake",
 um bolo para as mães que tornaria o dia ainda mais festivo.
Em Portugal, o Dia da Mãe é celebrado no primeiro domingo de Maio.

  Amor de Mãe
Ela acordou a noite quando eu estava chorando;
Ela me deu o alimento quando eu estava com fome;
Ela me deu atenção quando eu precisava;
Ela me consolou quando eu precisei chorar;
Ela brigou comigo quando eu fiz algo de errado;
Ela me mostrou o caminho em que eu deveria andar;
Ela me abraçou quando estava com frio;
Ela me beijou quando precisava de carinho.
É por essas e outras que hoje eu declaro o meu amor pela mulher mais linda do mundo...

Minha Mãe.


  Oração das Mães

  "Senhor, fazei que eu me lembre mais
das minhas responsabilidades do que
dos meus privilégios.

Que eu saiba amar
meus filhos sem intenção
alguma de possuí-los.
Que eu conquiste o respeito dos
meus filhos em lugar de exigi-lo.

Que eu seja compassiva e compreensiva
ante os defeitos deles, sendo forte
também em corrigi- los, não tendo nunca
amor de "vista grossa", o triste falso amor
que sabe apenas fazer todas
as vontades das crianças.

Que eu tente projectar no coração
de meus filhos a vossa imagem de Pai
e que a minha imagem de mãe seja
um reflexo de vossa imagem de Pai.

Que eu os faça crescer, estes meus filhos,
bem mais por dentro do que por fora.
Que eu saiba dialogar
bem mais do que ensinar.

Que a fertilidade do meu ventre não seja
maior que a sublime fecundidade da
minha alma de mãe.

E que esta alma de mãe seja uma cópia do vosso
grande coração de Pai.
Amém.

Publicado por: IldaCaro

Liberdade

Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada
O sol doira
Sem literatura

O rio corre ,bem ou mal.
Sem edição original.
E a brisa essa,
De tão naturalmente marinar,
Como tem tempo não tem pressa...

Livros são papeis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.



Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores ,música ,o luar ,e o sol que peca
Só quando ,em vez de criar,seca.

O mais, do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...

Publicado:Maria Briolanja Carmo

A arte de bem envelhecer

 
Já diz o ditado que "velhos são os trapos". E nada é mais válido numa sociedade que está continuamente a envelhecer. Se a idade, em muitos casos, é um posto, não há razão para se ficar de braços cruzados à espera que os anos passem. Chegou a hora de viver uma segunda juventude. O segredo? É mantermo-nos sempre activos, porque parar é morrer. A ciência ainda não descobriu a "cura" anti-envelhecimento, mas já desvendou algumas fórmulas que permitem prolongar a juventude por mais tempo. A "velhice", segundo os especialistas, é um conceito que já passou de moda. Actualmente, promove-se o envelhecimento activo, porque a chamada terceira idade não tem, necessariamente, de ser uma fase negativa . O passar dos anos não tem de ser encarado como uma fatalidade, mas sim como uma oportunidade, até porque a maior parte das pessoas idosas não corresponde à imagem dos "coitadinhos" de bengala e com dificuldades de locomoção. "A idade da reforma não tem de ser obrigatoriamente um período de ruptura. Qualquer aposentado pode continuar activo, desde que se sinta estimulado para realizar outras tarefas. A reforma é um período de adaptação a uma vida nova. Mas não tem de ser penosa, nem tem de corresponder a um "corte abrupto com a rotina". O segredo está em preparar, ao longo dos anos, a fase de transição. Como preparar essa fase de transição para obtermos um envelhecimento saudável?
Publicado por: Ilda e Florentino

Farol



O farol é uma luz que ilumina... ilumina os barcos que semelenaufragavam tocando nos primeiros rocedos queaparecessem.


Mas o farol tambem pode ser a luz de todos os dias,.. a luz que apreendemos no nosso dia a dia..nas aulas que frequentamos,,,noconvívio com amigos... nos livros que lemos... nas poesias que consultamos...nasmusicas que escutamos..

Porque a-pesar de tudo viover vale a pena.

SONHO DUMA NOITE DE VERÃO OU DE PRIMAVERA

Sonhar com a felicidade...
Sonhar que o homem não é egoista... Sonhar que os ensinamentos do cristianismo e outras religiões não são apenas palavras e mais palavras... Sonhar que a solidariedade não é palavra vã... sonhar que se gastava mais em procurar cura de doenças que em armas de guerra...
Sonhar..sonhar apenas.

terça-feira, 10 de maio de 2011

A CORRIDA

FICÇÃO:

   Ele corria corria, como se a ausência aquele encontro marcasse para sempre a sua vida. Quando lá chegou, atrasado, não estava lá ninguém. Aquela ausência, aquela mudez, fê-lo voltar para trás, agora devagar, indolente, como se estivesse a sair de um pesadelo, carregando um peso enorme.
  Ainda novo fizera semelhante corrida, e embora sem se atrasar, os resultados não foram nenhuns. Tinha outra idade e rapidamente se esquecera do ocorrido. Coisa de garotos ria-se ele hoje.
   Mas desta vez tinha preparado tudo com tanta antecedência, pensara em tudo, só não pensara no fracasso. Agora, achava que sobrevalorizara aquele encontro. Afinal, nada é definitivo. Correr, correr uma vida inteira, era uma fatalidade. Por vezes sentia-se cansado. Mas aquela corrida era importante, marcava um objectivo, sempre o mesmo, a felicidade. Queria provar a ele próprio ser possível, ao que todos diziam ser um sonho. Não queria deixar-se dominar pelo tempo, mas este ameaçava faltar-lhe. Então tinha que correr, não podia deixar que o tempo lhe retirasse essa possibilidade. Por vezes, parava um pouco para retemperar forças, e sentia-se cansado, lá isso sentia-se.
   Aquela corrida tinha mudado muito da sua vida. Era estranho, ter a sensação de que estamos a morrer e simultaneamente a viver com mais fervor. Aquela caminhada não tinha fim. Nunca acabaria. Caminharia sempre, e no fim, depois dos pés se recusarem, não desistiria, porque não podia parar, porque já nada era igual. Doía-lhe a falta de esperança, a mesquinhez dos preconceitos, tudo se extinguia, mas aquela chama não. Mudasse o Mundo de lugar e tudo arrastaria, e nova corrida empreenderia. Dera tudo o que de melhor possuía, e o Mundo, devolvia-lhe o que de mais amargo existia. Perdera o querer, sem nunca renunciar ao sonho. Empenhara-se naquela corrida, em cuja meta um dia acreditara, mas não era assim, derrubadas tantas barreiras, levantou os olhos e viu muitas mais barreiras. Não desistiu, apenas sentiu necessidade de descansar. Tinha idolatrado anjos e demónios, mas a realidade, o Mundo, os homens nada era assim. Parou e manteve os olhos baixos, para não ver ninguém, porque alguns esboçavam sorrisos escarninhos. Devagar, murmurava;
Agora que tudo perdera, …ganhara um pouco de paz.

Válter Deusdado

quinta-feira, 28 de abril de 2011

   História do Dia das Mães

A mais antiga comemoração dos dias das mães é mitológica.
 Na Grécia antiga, a entrada da primavera era festejada em
 honra de Rhea, a Mãe dos Deuses.
O próximo registo está no início do século XVII, quando a
 Inglaterra começou a dedicar o quarto domingo da Quaresma
às mães das operárias inglesas. Nesse dia, as trabalhadoras
tinham folga para ficar em casa com as mães. Era chamado de
 "Mothering Day", fato que deu origem ao "mothering cake",
 um bolo para as mães que tornaria o dia ainda mais festivo.
Em Portugal, o Dia da Mãe é celebrado no primeiro domingo de Maio.

  Amor de Mãe
Ela acordou a noite quando eu estava chorando;
Ela me deu o alimento quando eu estava com fome;
Ela me deu atenção quando eu precisava;
Ela me consolou quando eu precisei chorar;
Ela brigou comigo quando eu fiz algo de errado;
Ela me mostrou o caminho em que eu deveria andar;
Ela me abraçou quando estava com frio;
Ela me beijou quando precisava de carinho.
É por essas e outras que hoje eu declaro o meu amor pela mulher mais linda do mundo...

Minha Mãe.


  Oração das Mães

  "Senhor, fazei que eu me lembre mais
das minhas responsabilidades do que
dos meus privilégios.

Que eu saiba amar
meus filhos sem intenção
alguma de possuí-los.
Que eu conquiste o respeito dos
meus filhos em lugar de exigi-lo.

Que eu seja compassiva e compreensiva
ante os defeitos deles, sendo forte
também em corrigi- los, não tendo nunca
amor de "vista grossa", o triste falso amor
que sabe apenas fazer todas
as vontades das crianças.

Que eu tente projectar no coração
de meus filhos a vossa imagem de Pai
e que a minha imagem de mãe seja
um reflexo de vossa imagem de Pai.

Que eu os faça crescer, estes meus filhos,
bem mais por dentro do que por fora.
Que eu saiba dialogar
bem mais do que ensinar.

Que a fertilidade do meu ventre não seja
maior que a sublime fecundidade da
minha alma de mãe.

E que esta alma de mãe seja uma cópia do vosso
grande coração de Pai.
Amém.

Publicado por: IldaCaro

terça-feira, 19 de abril de 2011

Pequeno resumo sobre a origem do Dia do Trbalhador




 Em 1886, realizou-se uma manifestação de trabalhadores
nas ruas de Chicago nos Estados Unidos da América.
Essa manifestação tinha como finalidade reivindicar a
redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias e
 teve a participação de milhares de pessoas. Nesse dia
 teve início uma greve geral nos EUA . No dia 3 de Maio
 houve um pequeno levantamento que acabou com uma
 escaramuça com a polícia e com a morte de alguns
 manifestantes. No dia seguinte, 4 de Maio, uma nova
 manifestação foi organizada como protesto pelos
acontecimentos dos dias anteriores, tendo terminado com
o lançamento de uma  bomba por desconhecidos para o
meio dos policiais que começavam a dispersar
os manifestantes, matando sete agentes. A polícia abriu
então fogo sobre a multidão, matando doze pessoas
e ferindo dezenas.
Estes acontecimentos passaram a ser conhecidos como a
Revolta de Haymarket.
Três anos mais tarde, a 20 de Junho de 1889, a segunda
 Internacional Socialista reunida em Paris decidiu por
 proposta de Raymond Lavigne convocar anualmente uma
manifestação com o objectivo de lutar pelas 8 horas de trabalho diário.

 A data escolhida foi o 1º de Maio, como homenagem
às lutas sindicais de Chicago. Em 1 de Maio de 1891
uma manifestação no norte de França é dispersada pela
polícia resultando na morte de dez manifestantes. Esse novo
drama serve para reforçar o dia como um dia de luta dos
trabalhadores e meses depois a Internacional Socialista
de Bruxelas proclama esse dia como dia internacional de
reivindicação de condições laborais. Em 23 de Abril de 1919
o senado francês ratifica o dia de 8 horas e proclama o dia 1 de Maio
desse ano dia feriado.
 Em 1920 a Rússia adopta o 1º de Maio como feriado nacional,
e este exemplo é seguido por muitos outros países. Apesar de até
hoje os estadunidenses se negarem a reconhecer essa data como
sendo o Dia do Trabalhador, em 1890 a luta dos trabalhadores
estadunidenses conseguiu que o Congresso aprovasse que a jornada
de trabalho fosse reduzida de 16 para 8 horas diárias.
Alguns países celebram o Dia do Trabalhador em datas diferentes de 1 de Maio:

Dia do Trabalhador em Portugal

Em Portugal, só a partir de Maio de 1974 (o ano da revolução do 25 de Abril)
é que se voltou a comemorar livremente o Primeiro de Maio e este passou a ser
feriado. Durante a ditadura do Estado Novo, a comemoração deste dia era
reprimida pela polícia. O Dia Mundial dos Trabalhadores é comemorado
por todo o país, sobretudo com manifestações, comícios e festas de carácter
reivindicativo, promovidas pela central sindical.
Fonte: Wikipédia
Publicado por: IldaCarol




segunda-feira, 18 de abril de 2011

Homenagem aos trabalhadores - 1.º de Maio

FICÇÃO:
Vamos La?... Vamos Lá?... Ninguem terminava a frase, não era necessário.
Todos sabiam do que se tratava, era o primeiro de Maio.
Iam encolhidos, com medo é certo, e não era por não se terem preparado.
Mas, depois ao chegaram ao sítio do ajuntamento, e verem que eram mais de
trezentos, perderam logo o medo.
Os polícias também eram outros trezentos.
António, saiu dali mal tratado com um braço partido.
Hoje, nesse mesmo dia, senta-se em frente da televisão com um prato de sopa,
para ouvir discursar o filho, que começa sempre assim:

Foi aqui, neste lugar, que os nossos pais estiveram há mais de trinta
anos…
A António fez-se-lhe um nó na garganta que não o deixa engulir a sopa. Pára um
pouco para se recompor.
A mulher voltara á cozinha nem sei porquê.
 - Ah Maria?, Anda ouvir o nosso filho. Ela não vem e a reportagem continua.
Miguel, o neto está de costas a brincar com uns carritos.
António olha para o neto, e este fez um sorriso.
é graças a eles que hoie estamos aqui em liberdade -
Terminava assim a intervenção do filho.
- Ah Maria!, porque não vieste a ouvir, quando eu te chamei?
- Queria que tu vivesses essas sensações só, como tantas vezes,
noutros tempos eu as vivi.
Era o segundo turbilhão de emoções que hoje vivia, e desta segunda,
não estava António á espera.

Válter Deusdado

domingo, 17 de abril de 2011

A arte de bem envelhecer

 
Já diz o ditado que "velhos são os trapos". E nada é mais válido numa sociedade que está continuamente a envelhecer. Se a idade, em muitos casos, é um posto, não há razão para se ficar de braços cruzados à espera que os anos passem. Chegou a hora de viver uma segunda juventude. O segredo? É mantermo-nos sempre activos, porque parar é morrer. A ciência ainda não descobriu a "cura" anti-envelhecimento, mas já desvendou algumas fórmulas que permitem prolongar a juventude por mais tempo. A "velhice", segundo os especialistas, é um conceito que já passou de moda. Actualmente, promove-se o envelhecimento activo, porque a chamada terceira idade não tem, necessariamente, de ser uma fase negativa . O passar dos anos não tem de ser encarado como uma fatalidade, mas sim como uma oportunidade, até porque a maior parte das pessoas idosas não corresponde à imagem dos "coitadinhos" de bengala e com dificuldades de locomoção. "A idade da reforma não tem de ser obrigatoriamente um período de ruptura. Qualquer aposentado pode continuar activo, desde que se sinta estimulado para realizar outras tarefas. A reforma é um período de adaptação a uma vida nova. Mas não tem de ser penosa, nem tem de corresponder a um "corte abrupto com a rotina". O segredo está em preparar, ao longo dos anos, a fase de transição. Como preparar essa fase de transição para obtermos um envelhecimento saudável?
Publicado por: Ilda e Florentino

sábado, 9 de abril de 2011

Liberdade

Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada
O sol doira
Sem literatura
O rio corre ,bem ou mal.
Sem edição original.
E a brisa essa,
De tão naturalmente marinar,
Como tem tempo não tem pressa...
Livros são papeis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.



Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores ,música ,o luar ,e o sol que peca
Só quando ,em vez de criar,seca.
O mais, do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...
Publicado:Maria Briolanja Carmo


 Soneto de Camilo Pessanha

Tenho sonhos cruéis;n'alma doente
 Sinto um vago receio prematuro,
Vou a medo na aresta do futuro,
 Embebido em saudades do presente...
 
  Saudades desta que em vão procuro,
  Do peito afugentar bem rudemente,
  Devendo, ao desmaiar sobre a ponte,
  Cobrir-me o coração dum véu escuro...

Porque a dor,esta falta d'harmonia,
 Toda a luz desgrenhada que alumia,
  As almas doidamente,o céu d'agora,
  Sem ele o coração é quase nada:

Um sol onde expirasse a madrugada,
  Porque é só madrugada quando chora.
   
Nevoeiro

Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer-
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.


Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mau nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...


Publicado por= Maria Briolanja Carmo

  Publicado por; Maria Briolanja Carmo

O Sonho

Pelo sonho é que vamos,
comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não haja frutos,
Pelo sonho é que vamos.

Basta a fé no que temos.
Basta a esperança naquilo
 que talvez não teremos.
 Basta que a alma demos,
 com a mesma alegria, 
ao que desconhecemos
E ao que é do dia - a- Dia.

Chegamos? Não chegamos?

-Partimos. Vamos. Somos.

Sebastião da Gama

Publicado por= Maria Briolanja Carmo




A Poesia e o 25 de Abril



Abril deu-me asas            
e convidou-me a ouvir
baladas diferentes
Segui-o,
segui-o a pensar
que hei-de sempre
aprender
se for para a frente
Segui-o com a convicção
do poder me contentar
com o que ele me quiser prendear
porque o ouro já possuo
no meu coração.
 

Oh Abril Esperança,
que me leva a aventurar
Em céus
com as cores do arco-íris
 

Oh Abril, que abres as portas
dos lares solitários
e invades os jardins
com risos infantis
 

Oh Abril
o sol também brilha
na cabeça do velhinho
que aspira a um cantinho
numa janela adornada
de mangericos
para seguir a memória longínqua
 

 Oh Abril, a brisa também
suave suspira
no doente
que adormece
sob o olhar quente
duma alma carinhosa
que ainda é crente
 

Oh Abril
se possível fosse
dar-te a mão
e levar-te aos carentes
aos famintos

aos sedentos
e fazer nascer jardins
e fazer jorrar a água
das fontes ressequidas
pelo mau tempo 

erigia-te um templo. 
Publicado por:IldaCarol
Diana de Moura, Halifax, Canadá
email: diana@portugal-linha.




 Tú que me beijastes
e nesse beijo me ensinastes
o que é o amor

Eu que já estava cansado de viver
em busca de um querer sempre
maltratando em cada ilusão
meu pobre coração

Ao te encontrar
descobri que o segredo do amor
é se entregar
para sempre na alegria e na dor

Publicado por IldaCarol
 Letras de Altemar Dutra
Monumento aos descobrimentos portugueses

 POEMA                                                                                                                                                   
Nós somos o chão e a pedra,
A igreja e o convento,
A muralha da cidadela
O cais de onde partiu
Certo dia a caravela.
O forte e Pelourinho
Que por vezes encontramos
No meio de um caminho,  


Mas também a velha anta
pré–histórica e soberana
Que ganhou verdete e fama
E a pegada do dinossauro
Ou um teatro romano 

Numa rua de Lisboa.

Os monumentos e os sítios
existem para nos lembrar
que foi longa a caminhada
que fizemos para aqui chegar
tendo pouco para esquecer
E tanta coisa para lembrar.



Publicado por; IldaCarol 


“Dia dos Monumentos e sítios”  de  José Jorge Letria

terça-feira, 5 de abril de 2011

Almada e a sua história

Recentemente, as escavações arqueológicas realizadas na área urbana de Almada revelam que este espaço foi habitado desde o final do Neolítico.
 As origens de Almada são difíceis de conhecer. Estas remontam aos povos nómadas do Paleolítico, no período pré-histórico.
 Os achados descobertos nas escavações arqueológicas, efectuadas no concelho de Almada, levam à conclusão que a região de Almada foi povoada no período Paleolítico. Recentemente, as escavações arqueológicas realizadas na área urbana de Almada revelam que este espaço foi habitado desde o final do Neolítico.
Do povoamento, conhecem-se elementos dispersos em vários locais de Almada, no entanto, do seu espaço sagrado conhece-se apenas a gruta artificial de S. Paulo, que foi utilizada como cemitério colectivo desde o final do neolítico até à idade do Bronze. Com uma ainda mais ampla continuidade de ocupação, existe o povoado do Almaraz, situado entre o Castelo de Almada e Cacilhas, num esporão que durante as épocas em que foi habitado, morria junto ao rio, em Cacilhas. Este vasto espaço, que primitivamente ocupava um espaço de cerca de 4 hectares, foi habitado desde o Paleolítico até ao século II – III A. C. Ainda por razões de ordem geográfica, também se deverá ter em conta que no primeiro século antes de Cristo, Lisboa teve a honra de ser elevada à categoria de Município Romano e que os Fenícios e Cartagineses haviam permanecido muito antes das suas relações e trocas comerciais. A recente descoberta em Cacilhas de uma instalação romana de salga de peixe, é uma prova concreta da presença romana neste território. Com a invasão e permanência dos Árabes na Península, a região sofreu também a ocupação Sarraceno, como comprovam vestígios, tais como, o antigo castelo que provavelmente se situava no actual local do forte de Almada. Etimologicamente, Almada significa “a mina”, que é o lugar onde uma algo existe em abundância.  A designação de Almada é proveniente das palavras árabes Al-Manda, a Mina, pelo motivo de que, aquando do domínio árabe da Península Ibérica, os árabes procediam à exploração do jazigo de ouro da Adiça, no termo do Concelho.
 A zona de Almada foi igualmente escolhida pelos árabes para a construção de uma fortaleza no promontório natural, sendo esta destinada à defesa e vigilância da entrada no Rio Tejo, em frente de Lisboa,


D.AFONSO HENRIQUES
desenvolvendo-se a povoação nos domínios da defesa militar, da agricultura e da pesca.
 Na Idade Média, em 1147, D. Afonso Henriques, auxiliado por cruzadas, conquista Almada aos Mouros. Mais tarde, doou-a a alguns dos seus conquistadores que promoveram o seu repovoamento.   Em 1170, o mesmo monarca concedeu aos mouros um foral, que foi confirmado pelo neto, D. Afonso II em Santarém, em meados de 1217.  D. Sancho I, em 1186 reconquistou a povoação abandonada e doou-a à Ordem de Santiago. Todavia, só entrou em posse definitiva dos cristãos cerca de 1195.  Em 1190, D. Sancho concedeu a Almada o seu primeiro foral, como sendo uma das mais importantes fontes escritas para a história municipal Almadense que se manteve praticamente inalterável até ao século XVI.
Em 1297, D. Dinis incorporou Almada nos Bens da Coroa, fazendo troca com os “freires” da Ordem de Santiago a quem doou em compensação outras vilas a sul do Tejo. Data desta troca a primeira delimitação do concelho ou termo que ficou constituído por território que abrangia sensivelmente os actuais concelhos de Almada e Seixal.
Para além deste privilégio, os moradores da vila, passavam a ter as mesmas prerrogativas e liberdades que os moradores de Lisboa usufruíam. Durante a Revolução de 1383 / 1385, Almada foi palco de diversas lutasque atestam a fidelidade dos seus habitantes à causa do mestre Avis, a que o famoso cronista Fernão Lopes dá excepcional relevo na sua crónica. Posição igual não houve, em 1580, quando Filipe II de Espanha se apoderou do Trono Português, mas a adesão e comportamento popular em 1640 compensaram bem esta fama, a que aliás, o povo era alheio. D. João IV, confirma à Câmara de Almada, por alvará, os privilégios anteriormente concedidos.  O Terramoto de 1 de Novembro de 1755, causou grandes estragos, em Almada, e cerca de duas centenas de mortos. Houve uma destruição quase total das Igrejas de Santiago, S. Paulo, S. Sebastião e Misericórdia, como também a ruína das Torres do castelo e da Igreja de Santa Maria. Após a primeira invasão francesa, Almada é ocupada pelas forças de Junot, em 1807; três anos mais tarde, vê-se novamente invadida pelos franceses. Em 1833, travou-se a Batalha da Cova da Piedade, que assinalou a vitória das tropas liberais sobre os absolutistas e permitiu a ocupação de Lisboa. Os almadenses aderem ao Duque da Terceira e à causa liberal com grande entusiasmo popular, colaboram na organização da sua própria defesa e na de Lisboa, construindo linhas de defesa e um batalhão de voluntários. Já então, eram muito numerosos e activos, os liberais almadenses e os princípios liberais e democratas não se vão perder. São estes princípios e atitudes políticas que vão permitir a proclamação da República Portuguesa, no dia 4 de Outubro de 1910, em Almada. Assim, Almada foi uma das primeiras vilas ou cidades portuguesas a içar a Bandeira Republicana.  Com uma história viva, esta cidade, esteve sempre de algum modo nos grandes momentos históricos.
  Em 1973, Almada é elevada a Cidade

Publicado por IldaCarol


sexta-feira, 4 de março de 2011

Conto do 25 de Abril

FICÇÃO:


Rodrigo descia a rua pela manhã, e pareceu-lhe pairar no ar algo diferente que ele não sabia o que era.
Passou próximo de duas mulheres que falavam em tom baixo e recatado. Rodrigo nada decifrou. Continuou o seu caminho que o iria conduzir a oficina onde trabalhava. Que havia qualquer coisa havia, até as pessoas aquela hora na rua pareciam serem menos.

- Bom dia Sr Américo.

- Bom dia Rodrigo

- Então não sabes nada?

- Eu não, respondeu Rodrigo na sua ingenuidade de rapaz de dezoito anos.

- Parece haver uma revolução.

- Uma revolução?... Uma revolução para quê?

- Ora essa, respondeu com afabilidade Américo.

- Espera que estão a actualizar as notícias.

- "Recomenda-se a todas as pessoas para que se mantenham em casa. O Presidente do Conselho e o Presidente da República, preparam-se para renunciar ao cargo, evitando assim que haja um vazio de poder"... e as notícias continuavam...

Realmente Rodrigo não entendia muito bem aquela linguagem, nem o que se estava a passar.
Américo, homem de cinquenta anos, tinha agora esperança que aquela ditadura pudesse finalmente acabar. Então, encarando Rodrigo, tomando-o como o filho que aquela guerra no ultramar lhe roubara, falou de mansinho.
- É assim Rodrigo, o nosso País vive numa ditadura, isto e´; todos temos que pensar da mesma forma, ou no mínimo parecer pensar. Agora se isto acabar todos seremos mais felizes.
Era a primeira vez que Rodrigo ouvia falar deste modo o patrão. Tanto azedume e tristeza naquelas palavras.
A guerra!..., aquela guerra, Américo falava para ele próprio. Tudo lhe roubara. Primeiro o filho, que era o único. Depois a mulher que não resistiu a tanto sofrimento. Ele prometeu a ele próprio que vingaria tudo o que lhe tinham tirado. Tentou, manifestando-se publicamente, mas o que obteve foi apenas passar umas noites no calabouço da PIDE (Policia Internacional de Defesa do Estado) para interrogações. Valera-lhe na altura um homem alto, bem vestido, que nunca conhecera, que o mandou libertar. Hoje seria um preso político ou quem sabe, não seria nada…
Os anos alteram-lhe a força, mantendo apenas viva a revolta. Desta vez acabaria o tormento, iria saborear sozinho, mas devagar, aquela paz.

- Rodrigo? chamou Américo. Agora que isto está mais estabilizado, vou ausentar-me por uns tempos.

- Onde vai Sr Américo?

- Vou a África, Angola, encontrar-me com o meu filho.

Nestes dois anos pós revolução Rodrigo tinha aprendido muitíssimo. Voltara a escola, e não foi difícil perceber o sentimento do patrão. Nada disse, apenas que fosse descansado que ele trataria de tudo o melhor que soubesse.
A Américo nada restava, apenas aquela dor funda e intensa de ter ficado só, com o filho morto naquela guerra.
Para morrer em paz tinha que ir ao local onde o filho estivera pela última vez. Uma espécie de despedida. Para ele era importante, talvez assim pudesse descansar. Aquela urna que lhe entregaram e não pudera abrir para se certificar que ia enterrar o filho, não sossegara este pai.
Dois meses volvidos, Rodrigo recebe uma carta do patrão informando-o, de que não sabia quando regressaria.

Não houve mais correspondência. Américo não conseguiu separar-se daqueles lugares, ali sentia-se mais próximo do filho.

Válter Deusdado

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Farol



O farol é uma luz que ilumina... ilumina os barcos que sem ele naufragavam tocando nos primeiros rochedos que aparecessem.


Mas o farol também pode ser a luz de todos os dias,.. a luz que apreendemos no nosso dia a dia..nas aulas que frequentamos,,,no convívio com amigos... nos livros que lemos... nas poesias que consultamos...nas musicas que escutamos..

Porque a-pesar de tudo viver vale a pena.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

RUTIS

Caros colegas e amigos

Uma das principais actividades da RUTIS é ajudar
a criar novas Universidades Seniores.
Entendemos que seria oportuno dar relevo a estas
UNIVERSIDADES, destacando também o trabalho da
UNIVERSIDADE SÉNIOR DE ALMADA , que muito
tem contribuído para a manutenção de actividades seniores deste Concelho.

Publicado:  Ilda e Florentino





segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Os sem abrigo na cidade

FICÇÃO

Quase todos os dias José Augusto por indicação médica, percorria algumas ruas da cidade. A maior parte das vezes, acabava por fazer o mesmo percurso.

De Verão fazia-o depois de jantar, mas no Inverno esta volta ficava para o fim de tarde.

Durante a caminhada lembrava-se dos lugares da sua aldeia, que ele percorrera quando garoto, e agora estabelecia equivalência com as distâncias que fazia com os lugares de outrora. E pensava era como ir ao Barrocal e voltar.

Estava ele nestes pensamentos, quando olhou para a esquina de um prédio em obras, que fazia uma reentrância com outro, quando viu um vulto de uma pessoa envolta numa manta velha, atirado ali para o chão, sem nenhuma compostura para passar ali a noite. Era um sem abrigo como se diz na cidade. Era um quadro bem triste, de alguém que perdera, quem sabe a alma. Teria desistido de tudo? Não esperava por ninguém nem por nada? Amanhã se veria. Por cima dele estava agora um prédio renovado de paredes pintadas, com as suas varandas de ferro limpo a brilhar, Ali junto ao lancil estava José Augusto. Parecia ser o cenário de um teatro que ele vira em pequeno. A rua estava deserta, a luz dos candeeiros afagava os contornos da noite. A lua lá por cima assistia a tudo. Na varanda aparecia a actriz principal. Olhava para baixo, acenava com a cabeça, e com a sua voz forte dizia;

- “Nunca desistir, morrer de pé como as árvores” -.

O nosso sem abrigo já havia desistido da representação.


Válter Deusdado