quinta-feira, 28 de abril de 2011

   História do Dia das Mães

A mais antiga comemoração dos dias das mães é mitológica.
 Na Grécia antiga, a entrada da primavera era festejada em
 honra de Rhea, a Mãe dos Deuses.
O próximo registo está no início do século XVII, quando a
 Inglaterra começou a dedicar o quarto domingo da Quaresma
às mães das operárias inglesas. Nesse dia, as trabalhadoras
tinham folga para ficar em casa com as mães. Era chamado de
 "Mothering Day", fato que deu origem ao "mothering cake",
 um bolo para as mães que tornaria o dia ainda mais festivo.
Em Portugal, o Dia da Mãe é celebrado no primeiro domingo de Maio.

  Amor de Mãe
Ela acordou a noite quando eu estava chorando;
Ela me deu o alimento quando eu estava com fome;
Ela me deu atenção quando eu precisava;
Ela me consolou quando eu precisei chorar;
Ela brigou comigo quando eu fiz algo de errado;
Ela me mostrou o caminho em que eu deveria andar;
Ela me abraçou quando estava com frio;
Ela me beijou quando precisava de carinho.
É por essas e outras que hoje eu declaro o meu amor pela mulher mais linda do mundo...

Minha Mãe.


  Oração das Mães

  "Senhor, fazei que eu me lembre mais
das minhas responsabilidades do que
dos meus privilégios.

Que eu saiba amar
meus filhos sem intenção
alguma de possuí-los.
Que eu conquiste o respeito dos
meus filhos em lugar de exigi-lo.

Que eu seja compassiva e compreensiva
ante os defeitos deles, sendo forte
também em corrigi- los, não tendo nunca
amor de "vista grossa", o triste falso amor
que sabe apenas fazer todas
as vontades das crianças.

Que eu tente projectar no coração
de meus filhos a vossa imagem de Pai
e que a minha imagem de mãe seja
um reflexo de vossa imagem de Pai.

Que eu os faça crescer, estes meus filhos,
bem mais por dentro do que por fora.
Que eu saiba dialogar
bem mais do que ensinar.

Que a fertilidade do meu ventre não seja
maior que a sublime fecundidade da
minha alma de mãe.

E que esta alma de mãe seja uma cópia do vosso
grande coração de Pai.
Amém.

Publicado por: IldaCaro

terça-feira, 19 de abril de 2011

Pequeno resumo sobre a origem do Dia do Trbalhador




 Em 1886, realizou-se uma manifestação de trabalhadores
nas ruas de Chicago nos Estados Unidos da América.
Essa manifestação tinha como finalidade reivindicar a
redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias e
 teve a participação de milhares de pessoas. Nesse dia
 teve início uma greve geral nos EUA . No dia 3 de Maio
 houve um pequeno levantamento que acabou com uma
 escaramuça com a polícia e com a morte de alguns
 manifestantes. No dia seguinte, 4 de Maio, uma nova
 manifestação foi organizada como protesto pelos
acontecimentos dos dias anteriores, tendo terminado com
o lançamento de uma  bomba por desconhecidos para o
meio dos policiais que começavam a dispersar
os manifestantes, matando sete agentes. A polícia abriu
então fogo sobre a multidão, matando doze pessoas
e ferindo dezenas.
Estes acontecimentos passaram a ser conhecidos como a
Revolta de Haymarket.
Três anos mais tarde, a 20 de Junho de 1889, a segunda
 Internacional Socialista reunida em Paris decidiu por
 proposta de Raymond Lavigne convocar anualmente uma
manifestação com o objectivo de lutar pelas 8 horas de trabalho diário.

 A data escolhida foi o 1º de Maio, como homenagem
às lutas sindicais de Chicago. Em 1 de Maio de 1891
uma manifestação no norte de França é dispersada pela
polícia resultando na morte de dez manifestantes. Esse novo
drama serve para reforçar o dia como um dia de luta dos
trabalhadores e meses depois a Internacional Socialista
de Bruxelas proclama esse dia como dia internacional de
reivindicação de condições laborais. Em 23 de Abril de 1919
o senado francês ratifica o dia de 8 horas e proclama o dia 1 de Maio
desse ano dia feriado.
 Em 1920 a Rússia adopta o 1º de Maio como feriado nacional,
e este exemplo é seguido por muitos outros países. Apesar de até
hoje os estadunidenses se negarem a reconhecer essa data como
sendo o Dia do Trabalhador, em 1890 a luta dos trabalhadores
estadunidenses conseguiu que o Congresso aprovasse que a jornada
de trabalho fosse reduzida de 16 para 8 horas diárias.
Alguns países celebram o Dia do Trabalhador em datas diferentes de 1 de Maio:

Dia do Trabalhador em Portugal

Em Portugal, só a partir de Maio de 1974 (o ano da revolução do 25 de Abril)
é que se voltou a comemorar livremente o Primeiro de Maio e este passou a ser
feriado. Durante a ditadura do Estado Novo, a comemoração deste dia era
reprimida pela polícia. O Dia Mundial dos Trabalhadores é comemorado
por todo o país, sobretudo com manifestações, comícios e festas de carácter
reivindicativo, promovidas pela central sindical.
Fonte: Wikipédia
Publicado por: IldaCarol




segunda-feira, 18 de abril de 2011

Homenagem aos trabalhadores - 1.º de Maio

FICÇÃO:
Vamos La?... Vamos Lá?... Ninguem terminava a frase, não era necessário.
Todos sabiam do que se tratava, era o primeiro de Maio.
Iam encolhidos, com medo é certo, e não era por não se terem preparado.
Mas, depois ao chegaram ao sítio do ajuntamento, e verem que eram mais de
trezentos, perderam logo o medo.
Os polícias também eram outros trezentos.
António, saiu dali mal tratado com um braço partido.
Hoje, nesse mesmo dia, senta-se em frente da televisão com um prato de sopa,
para ouvir discursar o filho, que começa sempre assim:

Foi aqui, neste lugar, que os nossos pais estiveram há mais de trinta
anos…
A António fez-se-lhe um nó na garganta que não o deixa engulir a sopa. Pára um
pouco para se recompor.
A mulher voltara á cozinha nem sei porquê.
 - Ah Maria?, Anda ouvir o nosso filho. Ela não vem e a reportagem continua.
Miguel, o neto está de costas a brincar com uns carritos.
António olha para o neto, e este fez um sorriso.
é graças a eles que hoie estamos aqui em liberdade -
Terminava assim a intervenção do filho.
- Ah Maria!, porque não vieste a ouvir, quando eu te chamei?
- Queria que tu vivesses essas sensações só, como tantas vezes,
noutros tempos eu as vivi.
Era o segundo turbilhão de emoções que hoje vivia, e desta segunda,
não estava António á espera.

Válter Deusdado

domingo, 17 de abril de 2011

A arte de bem envelhecer

 
Já diz o ditado que "velhos são os trapos". E nada é mais válido numa sociedade que está continuamente a envelhecer. Se a idade, em muitos casos, é um posto, não há razão para se ficar de braços cruzados à espera que os anos passem. Chegou a hora de viver uma segunda juventude. O segredo? É mantermo-nos sempre activos, porque parar é morrer. A ciência ainda não descobriu a "cura" anti-envelhecimento, mas já desvendou algumas fórmulas que permitem prolongar a juventude por mais tempo. A "velhice", segundo os especialistas, é um conceito que já passou de moda. Actualmente, promove-se o envelhecimento activo, porque a chamada terceira idade não tem, necessariamente, de ser uma fase negativa . O passar dos anos não tem de ser encarado como uma fatalidade, mas sim como uma oportunidade, até porque a maior parte das pessoas idosas não corresponde à imagem dos "coitadinhos" de bengala e com dificuldades de locomoção. "A idade da reforma não tem de ser obrigatoriamente um período de ruptura. Qualquer aposentado pode continuar activo, desde que se sinta estimulado para realizar outras tarefas. A reforma é um período de adaptação a uma vida nova. Mas não tem de ser penosa, nem tem de corresponder a um "corte abrupto com a rotina". O segredo está em preparar, ao longo dos anos, a fase de transição. Como preparar essa fase de transição para obtermos um envelhecimento saudável?
Publicado por: Ilda e Florentino

sábado, 9 de abril de 2011

Liberdade

Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada
O sol doira
Sem literatura
O rio corre ,bem ou mal.
Sem edição original.
E a brisa essa,
De tão naturalmente marinar,
Como tem tempo não tem pressa...
Livros são papeis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.



Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores ,música ,o luar ,e o sol que peca
Só quando ,em vez de criar,seca.
O mais, do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...
Publicado:Maria Briolanja Carmo


 Soneto de Camilo Pessanha

Tenho sonhos cruéis;n'alma doente
 Sinto um vago receio prematuro,
Vou a medo na aresta do futuro,
 Embebido em saudades do presente...
 
  Saudades desta que em vão procuro,
  Do peito afugentar bem rudemente,
  Devendo, ao desmaiar sobre a ponte,
  Cobrir-me o coração dum véu escuro...

Porque a dor,esta falta d'harmonia,
 Toda a luz desgrenhada que alumia,
  As almas doidamente,o céu d'agora,
  Sem ele o coração é quase nada:

Um sol onde expirasse a madrugada,
  Porque é só madrugada quando chora.
   
Nevoeiro

Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer-
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.


Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mau nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...


Publicado por= Maria Briolanja Carmo

  Publicado por; Maria Briolanja Carmo

O Sonho

Pelo sonho é que vamos,
comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não haja frutos,
Pelo sonho é que vamos.

Basta a fé no que temos.
Basta a esperança naquilo
 que talvez não teremos.
 Basta que a alma demos,
 com a mesma alegria, 
ao que desconhecemos
E ao que é do dia - a- Dia.

Chegamos? Não chegamos?

-Partimos. Vamos. Somos.

Sebastião da Gama

Publicado por= Maria Briolanja Carmo




A Poesia e o 25 de Abril



Abril deu-me asas            
e convidou-me a ouvir
baladas diferentes
Segui-o,
segui-o a pensar
que hei-de sempre
aprender
se for para a frente
Segui-o com a convicção
do poder me contentar
com o que ele me quiser prendear
porque o ouro já possuo
no meu coração.
 

Oh Abril Esperança,
que me leva a aventurar
Em céus
com as cores do arco-íris
 

Oh Abril, que abres as portas
dos lares solitários
e invades os jardins
com risos infantis
 

Oh Abril
o sol também brilha
na cabeça do velhinho
que aspira a um cantinho
numa janela adornada
de mangericos
para seguir a memória longínqua
 

 Oh Abril, a brisa também
suave suspira
no doente
que adormece
sob o olhar quente
duma alma carinhosa
que ainda é crente
 

Oh Abril
se possível fosse
dar-te a mão
e levar-te aos carentes
aos famintos

aos sedentos
e fazer nascer jardins
e fazer jorrar a água
das fontes ressequidas
pelo mau tempo 

erigia-te um templo. 
Publicado por:IldaCarol
Diana de Moura, Halifax, Canadá
email: diana@portugal-linha.




 Tú que me beijastes
e nesse beijo me ensinastes
o que é o amor

Eu que já estava cansado de viver
em busca de um querer sempre
maltratando em cada ilusão
meu pobre coração

Ao te encontrar
descobri que o segredo do amor
é se entregar
para sempre na alegria e na dor

Publicado por IldaCarol
 Letras de Altemar Dutra
Monumento aos descobrimentos portugueses

 POEMA                                                                                                                                                   
Nós somos o chão e a pedra,
A igreja e o convento,
A muralha da cidadela
O cais de onde partiu
Certo dia a caravela.
O forte e Pelourinho
Que por vezes encontramos
No meio de um caminho,  


Mas também a velha anta
pré–histórica e soberana
Que ganhou verdete e fama
E a pegada do dinossauro
Ou um teatro romano 

Numa rua de Lisboa.

Os monumentos e os sítios
existem para nos lembrar
que foi longa a caminhada
que fizemos para aqui chegar
tendo pouco para esquecer
E tanta coisa para lembrar.



Publicado por; IldaCarol 


“Dia dos Monumentos e sítios”  de  José Jorge Letria

terça-feira, 5 de abril de 2011

Almada e a sua história

Recentemente, as escavações arqueológicas realizadas na área urbana de Almada revelam que este espaço foi habitado desde o final do Neolítico.
 As origens de Almada são difíceis de conhecer. Estas remontam aos povos nómadas do Paleolítico, no período pré-histórico.
 Os achados descobertos nas escavações arqueológicas, efectuadas no concelho de Almada, levam à conclusão que a região de Almada foi povoada no período Paleolítico. Recentemente, as escavações arqueológicas realizadas na área urbana de Almada revelam que este espaço foi habitado desde o final do Neolítico.
Do povoamento, conhecem-se elementos dispersos em vários locais de Almada, no entanto, do seu espaço sagrado conhece-se apenas a gruta artificial de S. Paulo, que foi utilizada como cemitério colectivo desde o final do neolítico até à idade do Bronze. Com uma ainda mais ampla continuidade de ocupação, existe o povoado do Almaraz, situado entre o Castelo de Almada e Cacilhas, num esporão que durante as épocas em que foi habitado, morria junto ao rio, em Cacilhas. Este vasto espaço, que primitivamente ocupava um espaço de cerca de 4 hectares, foi habitado desde o Paleolítico até ao século II – III A. C. Ainda por razões de ordem geográfica, também se deverá ter em conta que no primeiro século antes de Cristo, Lisboa teve a honra de ser elevada à categoria de Município Romano e que os Fenícios e Cartagineses haviam permanecido muito antes das suas relações e trocas comerciais. A recente descoberta em Cacilhas de uma instalação romana de salga de peixe, é uma prova concreta da presença romana neste território. Com a invasão e permanência dos Árabes na Península, a região sofreu também a ocupação Sarraceno, como comprovam vestígios, tais como, o antigo castelo que provavelmente se situava no actual local do forte de Almada. Etimologicamente, Almada significa “a mina”, que é o lugar onde uma algo existe em abundância.  A designação de Almada é proveniente das palavras árabes Al-Manda, a Mina, pelo motivo de que, aquando do domínio árabe da Península Ibérica, os árabes procediam à exploração do jazigo de ouro da Adiça, no termo do Concelho.
 A zona de Almada foi igualmente escolhida pelos árabes para a construção de uma fortaleza no promontório natural, sendo esta destinada à defesa e vigilância da entrada no Rio Tejo, em frente de Lisboa,


D.AFONSO HENRIQUES
desenvolvendo-se a povoação nos domínios da defesa militar, da agricultura e da pesca.
 Na Idade Média, em 1147, D. Afonso Henriques, auxiliado por cruzadas, conquista Almada aos Mouros. Mais tarde, doou-a a alguns dos seus conquistadores que promoveram o seu repovoamento.   Em 1170, o mesmo monarca concedeu aos mouros um foral, que foi confirmado pelo neto, D. Afonso II em Santarém, em meados de 1217.  D. Sancho I, em 1186 reconquistou a povoação abandonada e doou-a à Ordem de Santiago. Todavia, só entrou em posse definitiva dos cristãos cerca de 1195.  Em 1190, D. Sancho concedeu a Almada o seu primeiro foral, como sendo uma das mais importantes fontes escritas para a história municipal Almadense que se manteve praticamente inalterável até ao século XVI.
Em 1297, D. Dinis incorporou Almada nos Bens da Coroa, fazendo troca com os “freires” da Ordem de Santiago a quem doou em compensação outras vilas a sul do Tejo. Data desta troca a primeira delimitação do concelho ou termo que ficou constituído por território que abrangia sensivelmente os actuais concelhos de Almada e Seixal.
Para além deste privilégio, os moradores da vila, passavam a ter as mesmas prerrogativas e liberdades que os moradores de Lisboa usufruíam. Durante a Revolução de 1383 / 1385, Almada foi palco de diversas lutasque atestam a fidelidade dos seus habitantes à causa do mestre Avis, a que o famoso cronista Fernão Lopes dá excepcional relevo na sua crónica. Posição igual não houve, em 1580, quando Filipe II de Espanha se apoderou do Trono Português, mas a adesão e comportamento popular em 1640 compensaram bem esta fama, a que aliás, o povo era alheio. D. João IV, confirma à Câmara de Almada, por alvará, os privilégios anteriormente concedidos.  O Terramoto de 1 de Novembro de 1755, causou grandes estragos, em Almada, e cerca de duas centenas de mortos. Houve uma destruição quase total das Igrejas de Santiago, S. Paulo, S. Sebastião e Misericórdia, como também a ruína das Torres do castelo e da Igreja de Santa Maria. Após a primeira invasão francesa, Almada é ocupada pelas forças de Junot, em 1807; três anos mais tarde, vê-se novamente invadida pelos franceses. Em 1833, travou-se a Batalha da Cova da Piedade, que assinalou a vitória das tropas liberais sobre os absolutistas e permitiu a ocupação de Lisboa. Os almadenses aderem ao Duque da Terceira e à causa liberal com grande entusiasmo popular, colaboram na organização da sua própria defesa e na de Lisboa, construindo linhas de defesa e um batalhão de voluntários. Já então, eram muito numerosos e activos, os liberais almadenses e os princípios liberais e democratas não se vão perder. São estes princípios e atitudes políticas que vão permitir a proclamação da República Portuguesa, no dia 4 de Outubro de 1910, em Almada. Assim, Almada foi uma das primeiras vilas ou cidades portuguesas a içar a Bandeira Republicana.  Com uma história viva, esta cidade, esteve sempre de algum modo nos grandes momentos históricos.
  Em 1973, Almada é elevada a Cidade

Publicado por IldaCarol