Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada
O sol doira
Sem literatura
O rio corre ,bem ou mal.
Sem edição original.
E a brisa essa,
De tão naturalmente marinar,
Como tem tempo não tem pressa...
Livros são papeis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores ,música ,o luar ,e o sol que peca
Só quando ,em vez de criar,seca.
O mais, do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...
Publicado:Maria Briolanja Carmo
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada
O sol doira
Sem literatura
O rio corre ,bem ou mal.
Sem edição original.
E a brisa essa,
De tão naturalmente marinar,
Como tem tempo não tem pressa...
Livros são papeis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores ,música ,o luar ,e o sol que peca
Só quando ,em vez de criar,seca.
O mais, do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...
Publicado:Maria Briolanja Carmo
Soneto de Camilo Pessanha
Tenho sonhos cruéis;n'alma doente
Saudades desta que em vão procuro,
Do peito afugentar bem rudemente,
Devendo, ao desmaiar sobre a ponte,
Cobrir-me o coração dum véu escuro...
Porque a dor,esta falta d'harmonia,
Toda a luz desgrenhada que alumia,
As almas doidamente,o céu d'agora,
Sem ele o coração é quase nada:
Um sol onde expirasse a madrugada,
Porque é só madrugada quando chora.
Publicado por; Maria Briolanja Carmo
Chegamos? Não chegamos?
-Partimos. Vamos. Somos.
Sebastião da Gama
Publicado por= Maria Briolanja Carmo
Abril deu-me asas
e convidou-me a ouvir
baladas diferentes
Segui-o,
segui-o a pensar
que hei-de sempre
aprender
se for para a frente
Segui-o com a convicção
do poder me contentar
com o que ele me quiser prendear
porque o ouro já possuo
no meu coração.
Oh Abril Esperança,
que me leva a aventurar
Em céus
com as cores do arco-íris
Oh Abril, que abres as portas
dos lares solitários
e invades os jardins
com risos infantis
Oh Abril
o sol também brilha
na cabeça do velhinho
que aspira a um cantinho
numa janela adornada
de mangericos
para seguir a memória longínqua
Oh Abril, a brisa também
suave suspira
no doente
que adormece
sob o olhar quente
duma alma carinhosa
que ainda é crente
Oh Abril
se possível fosse
dar-te a mão
e levar-te aos carentes
aos famintos
aos sedentos
e fazer nascer jardins
e fazer jorrar a água
das fontes ressequidas
pelo mau tempo
erigia-te um templo.
Publicado por:IldaCarol
Diana de Moura, Halifax, Canadá
email: diana@portugal-linha.
Tú que me beijastes
A igreja e o convento,
A muralha da cidadela
O cais de onde partiu
Certo dia a caravela.
O forte e Pelourinho
Que por vezes encontramos
No meio de um caminho,
Mas também a velha anta
pré–histórica e soberana
Que ganhou verdete e fama
E a pegada do dinossauro
Ou um teatro romano
Numa rua de Lisboa.
Os monumentos e os sítios
existem para nos lembrar
que foi longa a caminhada
que fizemos para aqui chegar
tendo pouco para esquecer
E tanta coisa para lembrar.
Publicado por; IldaCarol
“Dia dos Monumentos e sítios” de José Jorge Letria
Tenho sonhos cruéis;n'alma doente
Sinto um vago receio prematuro,
Vou a medo na aresta do futuro,
Embebido em saudades do presente...Vou a medo na aresta do futuro,
Saudades desta que em vão procuro,
Do peito afugentar bem rudemente,
Devendo, ao desmaiar sobre a ponte,
Cobrir-me o coração dum véu escuro...
Porque a dor,esta falta d'harmonia,
Toda a luz desgrenhada que alumia,
As almas doidamente,o céu d'agora,
Sem ele o coração é quase nada:
Um sol onde expirasse a madrugada,
Porque é só madrugada quando chora.
Nevoeiro
Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mau nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
Publicado por= Maria Briolanja Carmo
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer-
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mau nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
Publicado por= Maria Briolanja Carmo
O Sonho
Pelo sonho é que vamos,
comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não haja frutos,
Pelo sonho é que vamos.
Basta a fé no que temos.
Basta a esperança naquilo
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não haja frutos,
Pelo sonho é que vamos.
Basta a fé no que temos.
Basta a esperança naquilo
que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
Basta que a alma demos,
com a mesma alegria,
ao que desconhecemos
E ao que é do dia - a- Dia.
E ao que é do dia - a- Dia.
Chegamos? Não chegamos?
-Partimos. Vamos. Somos.
Sebastião da Gama
Publicado por= Maria Briolanja Carmo
A Poesia e o 25 de Abril |
Abril deu-me asas
e convidou-me a ouvir
baladas diferentes
Segui-o,
segui-o a pensar
que hei-de sempre
aprender
se for para a frente
Segui-o com a convicção
do poder me contentar
com o que ele me quiser prendear
porque o ouro já possuo
no meu coração.
Oh Abril Esperança,
que me leva a aventurar
Em céus
com as cores do arco-íris
Oh Abril, que abres as portas
dos lares solitários
e invades os jardins
com risos infantis
Oh Abril
o sol também brilha
na cabeça do velhinho
que aspira a um cantinho
numa janela adornada
de mangericos
para seguir a memória longínqua
Oh Abril, a brisa também
suave suspira
no doente
que adormece
sob o olhar quente
duma alma carinhosa
que ainda é crente
Oh Abril
se possível fosse
dar-te a mão
e levar-te aos carentes
aos famintos
aos sedentos
e fazer nascer jardins
e fazer jorrar a água
das fontes ressequidas
pelo mau tempo
erigia-te um templo.
Publicado por:IldaCarol
Diana de Moura, Halifax, Canadá
email: diana@portugal-linha.
Tú que me beijastes
e nesse beijo me ensinastes
o que é o amor
Eu que já estava cansado de viver
em busca de um querer sempre
maltratando em cada ilusão
meu pobre coração
meu pobre coração
Ao te encontrar
descobri que o segredo do amor
é se entregar
para sempre na alegria e na dor
Publicado por IldaCarol
Letras de Altemar Dutra
POEMA
Nós somos o chão e a pedra,A igreja e o convento,
A muralha da cidadela
O cais de onde partiu
Certo dia a caravela.
O forte e Pelourinho
Que por vezes encontramos
No meio de um caminho,
Mas também a velha anta
pré–histórica e soberana
Que ganhou verdete e fama
E a pegada do dinossauro
Ou um teatro romano
Numa rua de Lisboa.
Os monumentos e os sítios
existem para nos lembrar
que foi longa a caminhada
que fizemos para aqui chegar
tendo pouco para esquecer
E tanta coisa para lembrar.
Publicado por; IldaCarol
“Dia dos Monumentos e sítios” de José Jorge Letria
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